segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Eu Sambo Mesmo



Há quem sambe muito bem
Há quem sambe por gostar
Há quem sambe por ver os outros sambar
Mas eu não sambo para copiar ninguém
Eu sambo mesmo com vontade de sambar
Porque no samba eu sinto o corpo remexer
E é só no samba que eu sinto prazer

Há quem não goste de samba, não dá valor, não sabe compreender
O samba quente, harmonioso e buliçoso
Mexe com a gente e dá vontade de viver
A minoria diz que não gosta mas gosta
E sofre muito quando vê alguém sambar
Faz força, se domina, finge não estar
Tomadinho pelo samba, louco pra sambar


João Gilberto

Composição: Janet de Almeida

domingo, 8 de novembro de 2009

Jeito

Eu e minha falha noção de realidade,
a minha decadência naquilo que supostamente chamam de sentimento,
um monte de coisinhas estranhas.
Essas coisas abstratas que se traduzem em sorrisos e choros.
È minúcia complexa. Sutilezas ilusórias. Irrisórias são as tentativas de traduzi- las com palavras.
Aqui fica.

Registro essa deixa para ver se deixo de jeito.

sábado, 31 de outubro de 2009

Tempos cinzas


È culpa dele, quando não acho solução e então preciso de algo para desabafar.
A culpa é do tempo.
Tempo fechado. Cinza.Nebuloso.
Em tempos cinzas não deixe de passar filtro solar, pois ele, o sol está lá... por detrás de toda aquela nebulosa massa cinzenta.
Quem disse que ele havia ido embora... ele voltará e quero estar lá de braços abertos para receber seu abraço mais apertado e dizer Te amo solzinho!
Te amo de montão!!!

domingo, 18 de outubro de 2009

DAR NÃO É FAZER AMOR

Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem
esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.

Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar
o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
"Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.

Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar

Experimente ser amado...

Luiz Fernando Veríssimo

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ontem de manhã quando acordei
Olhei a vida e me espantei
Eu tenho mais de 20 anos

E eu tenho mais de mil perguntas sem respostas
Estou ligada num futuro blue

Os meus pais nas minhas costas
As raizes na marquise
Eu tenho mais de vinte muros
O sangue jorra pelos furos pelas veias de um jornal
Eu não te quero
Eu te quero mal

Essa calma que inventei, bem sei
Custou as contas que contei
Eu tenho mais de 20 anos

E eu quero as cores e os colirios
Meus delirios
Estou ligada num futuro blue

Os meus pais nas minhas costas
As raizes na marquise
Eu tenho mais de vinte muros
O sangue jorra pelos furos pelas veias de um jornal
Eu não te quero
Eu te quero mal

Ontem de manhã quando acordei
Olhei a vida e me espantei
Eu tenho mais de 20 anos

20 ANOS BLUES

Composição Vitor Martins e Sueli Costa


domingo, 12 de julho de 2009


TRANQUILO

(Kassin + 2)


tranquilo
levo a vida, tranquilo
não tenho medo do mundo
não tenho medo do mundo
não vou me preocupar
não vou me preocupar

tranquilo,
levo a vida, tranquilo
não tenho medo da morte
não tenho medo da morte
não vou me preocupar
não vou me preocupar

que passe por mim a doença
que passe por mim a pobreza
que passe por mim a maldade,
a mentira e a falta de crença

que passe por mim olho grande
que passe por mim a má sorte
que passe por mim a inveja,
a discórdia e a ignorância

tranquilo
levo a vida, tranquilo
não tenho medo do mundo
não tenho medo do mundo
não vou me preocupar
não vou me preocupar

que me passe a doença,
que me passe a pobreza
que me passe a maldade
que me passe
que me passe, vou levando
e que me passe
a má sorte
que me passe
a inveja
que me passe
a guerra

quinta-feira, 21 de maio de 2009